segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Um parecer sobre os seminários...

Resolvi fazer uma breve síntese sobre os seminários de modo mais geral, as discussões levantadas a partir deles proporcionaram uma visão mais crítica quanto a Arquitetura em si e seus desdobramentos. Como também a interferência da cultura e economia na Arquitetura e vice versa.
Os seminários sobre o livro Lições de Arquitetura de autoria do Hertzberger colocaram em questão a noção de público e privado e também introduziu a idéia de intervalo. Além disso, expôs como a sociedade reage a eles, e como o espaço por sua imponência pode determinar o seu uso.
No terceiro seminário a discussão partiu de edifícios já existentes e a aplicação dos conceitos do livro do Hertzberger, fica claro na análise das obras que o edifício responde a questões levantadas no projeto, o espaço transmite e emite se bem executado a resposta aos anseios e vontades de quem o projeta.
No quarto seminário após a leitura dos textos propostos realizamos perguntas sobre as quais haveria uma discussão na tentativa de respondê-las, isto se entendeu ao quinto seminário, foram abordados temas como a função do Arquiteto na sociedade, as teses da Gestalt, a definição do termo designer e sua função e também a tecnologia que influencia a formação cultural e também a formação cultural como determinante da tecnologia.
Estes dois últimos seminários chamam a atenção mais uma vez sobre as sensações provocadas nas pessoas diante do espaço, e o uso da arte na arquitetura não no sentido plasticidade, mas no sentido do artifício para a transformação da realidade e a partir deste pressuposto a melhoria dos espaços.
O sexto seminário abordou a temática da área da antiga rodoviária de São João Del Rei e seu entorno, a idéia era que além de indicarmos referências ao livro do Hertzberger no local e também discorrêssemos sobre as conclusões a partir do questionário realizado no local e ainda aplicássemos atividades como a deriva, Le parkour , flesh mob e andássemos como flanêur, a maioria não realizou estas atividades. Mas mesmo assim o seminário correu com focos sobre as entrevistas e trocamos muitas idéias, das quais e a maioria delas foi fundamental na elaboração do projeto de intervenção.
Para finalizar o ultimo seminário que não ocorreu de fato, mas em que houve discussões internas de cada grupo tratou da teoria urbana, no sentido de planejamento urbano. Dentre os vários ramos que o planejamento urbano engloba está a questão dos impactos ambientais causados pelo adensamento populacional, a polarização das cidades (tanto no sentido cultural quanto físico), e o papel do profissional arquiteto diante de tudo isso.
Como conclusão percebe-se que os seminários trataram de temas variados mas que se relacionam de maneira direta. Eles muito contribuíram para a apreensão de conhecimento e enriquecimento do nosso repertório.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Nossa, quanto tempo sem postar nada!!! Não porque não havia o que escrever, muito pelo contrário estávamos envolvidos até o pescoço com o projeto, foi aproximadamente um mês de muito trabalho.
Retomando alguns pontos, após a medição e triangulação da rua começamos a discutir propostas para a melhoria do local, com estes dados foi possível ter uma noção sobre a escala e portanto o que caberia ou não naquela área. Realizamos também entrevistas com moradores, freqüentadores e passantes da região o que nos fez compreender as potencialidades, virtualidades, limitações e carências da área.
Fomos separados por duplas, no meu caso me uni à Elaine para realização deste trabalho. A partir daí começamos a ser orientadas pelos professores que nos faziam refletir tanto na proposta quanto na maneira de dispor o espaço, problematizamos, imaginamos e as idéias começaram a amadurecer.
Para a visualização do programa proposto o sketch up foi um grande aliado, fizemos o esboço da intervenção já em 3d o que facilitava o julgamento quanto a forma e função das estruturas, como também se havia integração com o entorno.
Pelo ecotect fizemos o estudo de insolação anterior e posterior a suposta execução da idéia, é fantástico saber que é possível fazer este tipo de estudo antes mesmo de executar algum projeto, isto reduz a falta de qualidade do mesmo.
Por fim apresentamos uma prévia no dia 10/12 do Projeto que estaria finalizado e as pranchas do caderno técnico. Sobre estes dois temas recebemos ainda algumas correções e sugestões, mas de modo geral foi muito bom. Se houvesse a execução da proposta fica claro que ainda teríamos que trabalhar muito mais sobre ela. E sobre o caderno a idéia era uma melhor organização das pranchas.
Então por conta disso executamos melhorias sobre o projeto e sobre o caderno. A entrega será no dia 14, espero que nossos objetivos sejam alcançados e ele esteja suficientemente bom ao nível que a Arquitetura exige.
Abaixo seguem imagens do Sketch up


sábado, 24 de outubro de 2009

Projeto Rodoviária- levantamento parte 1

Atendendo a proposta da disciplina oficina, agora mudaremos o foco do solar para a produção de um projeto (este fictício) de revitalização da antiga rodoviária de São João Del Rei e seu entorno. Para isto fomos ao local no dia 20/10 e começamos a realizar o seu levantamento, uma primeira analise foi feita no dia 14 de outubro.
O interessante de fazer levantamento em uma área publica é que as pessoas acreditam que realmente algo pode ser melhorado naquela área, e, sem responder a nenhum questionário revelam dados importantes dos quais muitos irão fazer parte do trabalho.

O caderno tecnico

Após a vernissage, ficamos incumbidos da responsabilidade de construir um caderno técnico que constasse a experiência de uma intervenção. Seria descrito desde a proposta, o desenvolvimento da idéia e da produção das coisas, a montagem até o espaço sendo utilizado durante a exposição.
Para este propósito utilizamos os programas indesign e o photoshop, foi uma oportunidade de renovar os programas mais utilizados e produzir algo com uma diagramação que se aproxima de um livro ou revista.
Entregamos o trabalho no dia 19 de outubro e ele foi devolvido na dia 21, para sofrer alterações para garantir melhorias. Praticamente o refizemos, espero que a proposta tenha sido atendida!!!!

domingo, 4 de outubro de 2009

Abertura da Exposição

Enfim, no dia 29-09-09 ocorreu às 20:00 horas no Solar da Baronesa a abertura da exposição “Percepção e registro gráfico”. O espaço como um todo ficou interessante, foi dado mais vida e uma cara nova a ele. Como foi dividido em varias salas, cada uma delas teve a sua particularidade e atenderam, de acordo com a proposta dos desenhos, uma reciprocidade com a cenografia.
Como primeiro projeto foi bacana experimentar a possibilidade de executar cada etapa desse processo, desde as idéias até a finalização da intervenção no espaço e confeccionar com as próprias mãos o que iria compor o lugar.
A maquete que foi explicada por mim anteriormente permitiu idealizarmos tudo que faríamos na realidade, até mesmo a disposição da iluminação, das bolsas, pranchetas e panos. E como resultado as idéias se aproximaram e muito da realidade. Na verdade a essência do projeto permaneceu a mesma, o grupo do qual faço parte havia determinado a algum tempo o que seria feito, assim somente algumas alterações foram feitas por conta de viabilidade.
Fazendo um balanço de tudo, acredito que este trabalho teve muito mais desdobramentos positivos do que o aprendizado restrito as disciplinas integradas, mas o relacionamento humano, a burocracia de conseguirmos materiais, a limitação dos recursos financeiros, um prazo de entrega, a correspondência com a proposta, tudo isso foi colocado a prova, e, justamente isso é que foi o importante porque é o que vamos encontrar pela frente quando projetarmos algo.
A reação das pessoas ao visitarem o ateliê também me deixou gratificada, ver o espaço sendo utilizado da forma aproximada com a qual pensamos ser significa que elas compreenderam a proposta e saber que após elas terem “percorrido” a exposição se sentiram tentadas a desenhar livremente, sem nenhum pudor remete a idéia de que a arte é para todos e a expressividade de cada pessoa pode ser registrada e servir como material de ‘contemplação’.
Abaixo fotos de como ocorreu o processo da montagem nos dias 28 e 29 de setembro e a abertura.




A disposição dos cadernos dentro das bolsas suspensas, foi a maneira que encontramos de apresentá-los de modo mais interessante e também porque quando fazíamos a disciplina de desenho de observação e expressão a proposta da Zandra era que os alunos carregassem os cadernos processuais para todos os lados e o que achássemos interessante desenhar, tendo o caderno sempre à mão. E a projeção deixou tudo mais interessante.




A cortina de pranchetas serve para o visitante desenhar e ao mesmo tempo deixar seu desenho como parte da exposição, foi uma solução para que acontecesse essa interação das pessoas com a exposição sem o uso de uma mesa, que poderia obstruir o fluxo de pessoas, já que o espaço é restrito.






Os potinhos ficam suspensos de modo que as pessoas possam experimentar os materiais de forma mais prática e acessível e, os painéis também servem para desenho.


sábado, 26 de setembro de 2009

Maquete finalizada

Bom, como conbinado, abaixo as fotos da maquete finalizada. Foi muito bom tê-la construído já que tivemos uma noção concreta, com dimenções proporcionais de como ficará o espaço do Solar da Baronesa depois da nossa intervenção. O resultado foi ben próximo do que a gente (o grupo) quer. Após a abertura da Exposição no dia 29/09, colocarei as fotos da Exposição e assim poderá haver uma comparação.
Na parede de frente,os quadradinhos seriam as pranchetas penduradas, o papel preto o pano que tamparia o a entrada de luz pelo arco.
O papel branco representa o pano para uma projeção e esses quadrados pendurados seriam as bolsas com os cadernos processuais.



Vista superior.
A provável visão que as pessoas terão ao entrarem no Ateliê (Ateliê= cômodo onde ficarão expostos os cadernos processuais e que é destinado também a induzir que os visitantes da exposição desenhem, por ele eu sou parte responsável)

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Voltamos ao Solar da Baronesa nos dias 16/09 e 17/09/09, estamos na reta final para a concretização da Intervenção para a Exposição. Com as ideias praticamente fechadas, os espaços definidos, o caminho agora é de por em prática o que imaginamos. Portanto começamos a testar como ficará a disposição dos objetos, a circulação de pessoas, o que o espaço já oferece e solicitamos o que falta ser implantado pela nossa equipe.

A maquete como visualização do real

Dia 15 de setembro, terça feira, no horário da oficina integrada de Arquitetura, começamos a fazer uma maquete do local (no meu caso, Solar da Baronesa) em que faremos a Intervenção para a Exposição dos desenhos dos alunos de Arquitetura e Urbanismo e os de Artes Aplidcadas da UFSJ, e de como seria essa intervenção. Esse processo permite visualizarmos o espaço e além disso analisarmos esteticamente e funcionalmente o que poderá ser feito ou aquilo que não é viável. Abaixo, fotos do processo de criação da maquete, que ainda precisa de ajustes para ser finalizada. A conclusão deste modelo 3D, que possui escala 1:25, serão cenas de um próximo capítulo.





Por objetos mais virtuais...

Ocorreu no dia 10/09/09, a apresentação dos graus de virtualidade dos objetos e/ou situações. Como discutido, cada elemento possui um potencial a ser executado, ou seja, cada "coisa" possui uma função predeterminada, entretanto o mais interessante é abrir o campo de possibilidade de uso que elas podem possuir, e, a partir disso torná-las mais visuais, mais interativas.
Fomos divididos em grupos, e como escolha meu grupo optou por dividir em níveis: totalmente predeterminado, parcialmente predeterminado e o menos predeterminado.
Em síntese, seria:
  • Totalmente predeterminado: pisca-pisca, em que o evento é a sequencia de lâmpadas que acendem e apagam de maneira alternada. Neste caso existe apenas o espectador que contempla o evento.
  • Parcialmente predeterminado: praça, que possui espaços já projetados para uma finalidade, mas que pode ser usado de maneira distinta pelo usuário
  • Menos predeterminado: computador e internet, que possui programas e funções estabelecidas, mas é o usuário que dá todos os comandos que quiser, eles permitem a interação pessoa-objeto e pessoa-pessoa.



segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Resultado do levantamento parte 1

Como explicado anteriormente, do primeiro levantamento "saíram" a planta baixa e o corte. Bem seguem abaixo os rascunhos destes dois desenhos que fiz:
Corte
Planta (solar como um todo)

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Levantamento (parte 1)

Dia 26/08/09 voltamos ao Solar, desta vez para começar a identificar medidas e dados específicos do local. Em um primeiro momento o grupo ao qual pertenço tirou as medidas do futuro ambiente de trabalho, depois mediu o primeiro pavimento como um todo . Disso saiu a planta baixa (que provavelmente sofrerá alterações). Ainda será necessário "documentar" mais coisas como os cortes e os materiais a serem utilizados.

Conforto x Desconforto

Na verdade, logo depois da inspeção no Solar e na Rua da Cachaça, foi pedido que se destacassem dois lugares dentro destes ambientes, dos quais um tivesse características de confortavel e outro de desconfortável. Minha escolha será detalhada abaixo, aqui no blog são expostas fotos, mas na verdade foram entregues aos profesores desenhos a partir da minha perspectiva.


Lugar Confortável - Rua da Cachaça


É uam rua tranquila, não posui trânsito de veículos; por ser pacata e estreita permite uma maior aproximação da vizinhança, já que se pode assentar no meio-fio para conversar, que as crianças brinquem livremente. A ausência de muros e grades nas fachadas traduz um livre acesso de uma morada à outra, é como se as casas ou os esta]belecimentos não fossem usadas como esconderijos e isso implica (pelo menos teoricamente) em maior contato social. Ests rua transmite paz, uma paz que particularmente acredito eu, ter visto apenas na infância.


Lugar Desconfortável- Pátio interno do Sol
A ausência de cuidado e a sugestão de um lugar sombrio desta passagem debaixo da escada é o que mais me desagrada. O pátio em si é um espaço de pouco proveito, já que é um espaço aberto sujeito a chuvas e excesso de sol, uma exposição não poderia ser feita alí.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Performances...

Seguindo um roteiro de apropriação e interação com o espaço, no dia 18/08/09 o Solar da Baronesa e a Rua da Cachaça foram palcos das performances dos alunos do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFSJ. Fomos convidados a usar o corpo como instrumento de percepção e aproveitamento dos lugares . Divididos em grupos discutimos e improvisamos algo que explorasse as possibilidades que cada canto nos oferece. No meu caso, como participarei da intervenção no Solar da Baronesa, a minha apresentação foi lá, juntamente com Bianca, Patrícia, Cléssia, Elaine, Ingrid, Stela, Luana e Letícia, ensaiamos algo cujo objetivo era o preenchimento, reconhecimento e exploração do local.





sábado, 15 de agosto de 2009

Inspeção

No dia 12 de agosto de 2009 a turma de Arquitetura e Urbanismo da UFSJ visitou o Solar da Baronesa e a Rua da Cachaça e na cidade de São João Del Rei.
A proposta em um primeiro instante foi analisar e absorver informações gerais dos locais, assim como perceber as sensações que cada lugar oferece.

O Solar é um grande casarão, que faz parte do período colonial, ele se localiza na esquina da rua Getúlio Vargas com a Sebastião Sette.
No seu primeiro pavimento encontramos ambientes integrados, onde ocorrem as exposições. Podem ser percebidos vários tipos de materiais como madeira, materiais cerâmicos, pedras, além de plásticos (interruptores) na composição do local.
O teto possui forro branco,onde percebe-se ganchos espalhados,o que permite em exposições pendurar quadros ou outros objetos. Além disso uma iluminação mais baixa que permite maior foco de luz.
Há também um espaço que seve como auditório, nele encontam-se materiais acústicos para melhor qualidade do som.








A Rua da Cachaça é uma rua que possui casas do período colonial, é uma rua estreita com calçamento de pedras, lá não é permitido a passagem de carros. A maioria das fachadas conservam a sua forma original,entretanto algumas apresentam as janelas e portas vedadas.
Não foram colocadas grades em janelas,ou implantadas gargens, também não foram colocados postes de iluminação e tampouco lixeiras.
As edificações encontram-se em um enfileirado, sem muretas, sem divisões. Onde termina uma morada começa a outra. Quando se defronta com estas casas é possível perceber as fachadas tortas,tão mais tortas que a foto é capaz de reproduzir.





Nas fotos acima temos em primeiro momento a representação da rua que por ser curva em partes e quase linear em outras, apresenta trechos em que nem todas as fachadas aparecem.
Depois uma perspectiva na qual a rua parece ser sem saída por conta do Solar da Baronesa, é como se esse a fechasse.